sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sobre essas coisas que escrevo por aí


Existem muitas coisas chatas em escrever sobre relacionamento que eu não conto. Só as pessoas que convivem comigo sabem. Primeiro: gosto de Sex and The City, mas nunca quis ser a Carrie (me identifico mais com a Samantha, só que muito menos "pra frente"). E segundo: não sou tão forte quanto essas mulheres que falam sobre homens aparentam ser. Na real, sou muito fraca. Só que sou viciada em ajudar os outros. Em tentar entender todas as pessoas que conheço e principalmente suas dores. Eu acredito no sentimento do ser humano, mesmo depois de receber um e-mail de um leitor da minha coluna no Acidez Feminina dizendo que fez sexo com a irmã da namorada dele. E isso não é nem um terço do que chega. Eu insisto, sabe? Sou meio chata, vivo dando a cara a tapa, me relacionando com ratinhos de laboratório e continuo, fielmente, acreditando no amor. E ajudando os outros a acreditarem também.

Semana passada, no almoço de sábado, meu pai disse que eu devia mudar o nome "dessas coisas que você escreve por aí porque desse jeito assusta homem". Ele tem razão. Assusta mesmo. Quem não me conhece imagina que sou daquelas noiadas modernas que acham que sabem tudo, que descobrem traições como Sherlock Holmes e são liberais na cama só porque falam de sexo. Essa não é a mulher que eu queria ser e nem a mulher que sou. Já me peguei emocionada, lendo e-mail de uma leitora da minha coluna no Mundo Ela não porque estava de TPM, mas porque aquilo tudo que ela dizia e questionava na época era exatamente o que eu questionava no meu namoro. Porque, bom, eu assusto bofe, mas vez ou outra também atraio um corajoso ou curioso. E quando é assim, tenho amigas que fazem comigo o papel que eu faço nas colunas. O que fica vinte vezes mais difícil para elas. Porque nas colunas, estou discutindo com estranhos. Aconselhar quem conhecemos já não é tão fácil assim.

Gosto muito do que faço. Gosto tanto, que faço de meia noite às seis. Gosto tanto, tanto, que se ficar para titia, pelo menos anestesiei uma meia dúzia de corações aflitos. Comecei a escrever esse texto depois que recebi um e-mail que um leitor pergunta o que eu faço no meu dia-a-dia, se eu namorava, saía, vivia e em qual cidade morava. Achei engraçado.

E para aqueles que acham que eu só sei falar sobre relacionamentos e homens, enquanto escrevia este texto, conversava com um amigo no Gtalk sobre XBOX, cinema e bom... o relacionamento dele com a namorada.

2 comentários:

  1. é sempre assim, acham que nós não fazemos mais nada da vida quando nos engajamos em algo .. mas TODA mulher, por mais forte que pareça, é sempre frágil e delicada... e isso faz de nós perfeitas. SOMOS FORTE, mas frágil e delicada, talvez como a comparação a rosa, cheia de espinhos mas belas! ;)

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  2. Marcela,
    ao tentar ajudar alguem sempre acabamos por descobrir algo a nosso respeito, muitas perguntas alheias são tambem nossas! Acreditar no amor seja sob qual forma ele tiver nos faz mais humanos e qto mais humanos mais solidários
    Abraço
    @mariohercilio

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