quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Cara chato


Nunca acreditei em destino, apesar de vez ou outra me surpreender com coincidências. Morar em Belo Horizonte e conviver nos mesmos ciclos sociais desde sempre, faz as pessoas - principalmente as mulheres - confiarem que "o destino colocou eu e o Bruno naquela festa estranha, e por isso precisamos reatar", ou "encontrei o Pedro na escada do prédio da amiga da minha prima e isso é um sinal de que ele é o homem da minha vida". Não, gente. Vamos parar com isso. Na minha opinião, dar de cara com ex na escada de qualquer prédio não passa de azar. E o destino ter colocado você e um cara na mesma festa estranha, não passa de falta de opção para onde ir - e de bom gosto. Você poderia dar de cara com um vizinho gato da prima da sua amiga e isso seria muito mais proveitoso. Ou ir á uma festa onde não conhecesse ninguém e tocasse músicas melhores.

Não é justo culpar o destino pelas nossas escolhas. Não é justo culpar o destino por sermos fracos de não conseguir tirar as pessoas das nossas vidas e seguir em frente. Como também não deve ser justo acreditar que as coisas vão voltar porque ele vai deixar. Esperando sentado no sofá. Sem fazer, sem se esforçar, sem mudar. Levanta, ué.
Porque cá para nós, se o destino é esse cara que vive colocando e tirando pessoas da nossa vida, ele é um puta cara chato.

Um comentário:

  1. o destino deve ser refém do livre arbítrio e não o contrário, fazer coisas diferentes para ter resultados diferentes...
    @mariohercilio

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