sexta-feira, 30 de março de 2012
Da série: diálogos com a minha mãe
- Oi, mãe. Diga.
- Filha, tá boa, né? Me lembra uma coisa... Você é da época dos Mamonas Assasinas?
- Sou, ué. Lembro quando eles morreram.
- Você lembra o ano?
- Não.
- Tadinhos, tão novos. Um acidente de avião horrível. Lembro que era um domingo. Eu escutei na rádio. Tadinhos. Sobrou nem um pedacinho.
- Tá mãe, preciso trabalhar. Só isso?
- Não. Você lembra das músicas?
- Claro. Algumas.
- É que eu to com aquela deles na cabeça “Complicada e perfeitiiinhaaa.. nananana”.
- Te amo, mami. Beijos.
- Tchau, amor!
(Nem falei que era do Raimundos para não contrariar. Dizem que a menopausa é um perigo...)
PS: Gente linda, nos próximos dias o blog não vai ser constantemente atualizado como de costume. Vem aí um projeto novo que tem me deixado muito feliz, ansiosa e com olheiras até as orelhas de não conseguir dormir. E o melhor: está sendo feito para vocês. Enquanto por aqui as coisas ficam um pouco paradas, vamos conversando lá no Twitter: @mabrafman.
PS2: Tenho recebido muitos e-mails referentes as dúvidas que respondo nas colunas D.R. e Cabecinha no ombro. Infelizmente, não consigo responder todos, além dos que escolho semanalmente para ambas. Pensando nisso, reativei meu Formspring, e duas vezes por semana respondo as dúvidas (resumidas, pelamor!) do pessoal por lá. Beleza? Corre lá e desabafa pra Má.
PS3: Obrigada pelo carinho, pelos comentários e pedradas no meu óculos de grau. Estamos aí para isso. Lembrando que eu sofria bullying quando era pequena. Não me mimem demais que eu fico chata.
PS4: Agora é sério: obrigada de coração. As coisas estão acontecendo. Finalmente.
PS5: Beijo, mãe!
segunda-feira, 26 de março de 2012
Os homens que você deveria esquecer
O que te pede pra pagar a conta no (final do) primeiro encontro: Não estou sendo feminista ou machista. Estou sendo apenas sensata e já estou cansada de ouvir como termina este primeiro exemplo clássico. A maioria das mulheres são adeptas aos direitos iguais, e quem lê as minhas colunas sabe que sou defensora da divisão dos gastos e acho bacana a sinceridade de um cara falar ‘pô, to duro, preciso maneirar na grana’. Mas tudo tem limite, intimidade e hora certa. O cara te chama para um restaurante chiquerérrimo, vocês bebem vinho da safra de 1200 e bolinha, comem entrada, prato principal, sobremesa e café e ele só avisa que tem caranguejo no bolso na hora que a conta chega? Me desculpe, mas não vai rolar. Ninguém chama uma mulher para um primeiro encontro em um restaurante bacana sem como bancar, ou deixar explícito que ambos bancam. Aceite: desde a época da nossa avó é assim. A única solução é (ele) lavar os pratos.
O que adia o encontro porque está cansado do trabalho: O cara mora a três bairros do seu, o encontro está marcado há três dias e quando você já está passando o batom, ele liga para desmarcar e adiar para outro dia (ou simplesmente envia um whatsapp “chinfrim”)? Então deixa eu contar um pouco como anda o universo feminino. Nós também temos três reuniões por dia, conversamos com cinqüenta clientes pelo telefone, e ainda assim, arrumamos vinte minutos para ir ao salão e fazer as unhas com o laptop no colo respondendo e-mails. Neste mesmo dia que temos um trilhão de coisas para fazer e um encontro marcado, ficamos ansiosas e nos entupimos de café e levamos esporro do chefe porque geralmente ficamos com a cabeça na lua e enviamos o e-mail do cliente para o endereço errado. Não comemos a tarde inteira só para caber bonita no vestido e nos depilamos igual um cometa Halley no banho para outras coisas ficarem bonitas também. Receber uma SMS, um whatsapp ou uma ligação às 19h é um desaforo a doze horas de preparação física e psicológica.
O que tem namorada/esposa/rolo/rabo preso: Esse é fácil de explicar. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço. E já basta uma mulher sofrendo, né? Pra quê duas?
O que te chama para jantar e ao invés disso te leva para a balada: Um encontro com um cara super interessante, charmoso, cheiroso e gentil á primeira vista, merece uma roupa nova. Uma roupa nova merece uns quilinhos a menos. Uns quilinhos a menos, merecem 24 horas comendo igual um passarinho (sim, somos loucas e às vezes e acreditamos na dieta á jato). E tudo isso merece um jantar que valha a pena não ter comido o dia inteiro + uma companhia super agradável que valha a pena acreditar que o amor ainda existe depois de tanto tempo quebrando a cara com homem zé ruela. Se o cara disse jantar e te levou para a balada de estômago vazio e você bebeu um copo de qualquer coisa com vodka só para socializar, o problema é dele. Quem vai ter que segurar a sua cabeça no final da noite enquanto você beija a privada é ele. Boa sorte (para ele).
O que não larga o telefone a noite toda: É muito bacana o fato dele ter um smartphone e vocês brincarem de Instagram tirando foto do sushi, fazer check- ins nos lugares bacanas que conhecerem e matar meio mundo de inveja do tanto que a vida de vocês é tecnológica e sintonizada. Mas tudo tem limite. Olho no olho é regra três. Telefone educado é aquele que fica ali, na mesa, ao ladinho da carteira. Celular que toca igual telefone de p*** é deselegante. E que não sai da mão também. A não ser que ele seja o Ashton Kutcher em época de estreia de filme. Aí nem eu me importo. E ainda ligo para o cara no dia seguinte.
O que briga no trânsito (ou o cara que dirige como se estivesse jogando Daytona): Não precisa ser mole igual tartaruga, não precisa correr demais igual papa-léguas. Homens não fazem idéia da quantidade de pontos que ganham com a gente ao sorrir, fazer um joinha com as mãos e deixar aquela velhinha de bengala passar. Brigar no trânsito além de ser perigoso, é desagradável. Ouvir palavrões, chiliques e faniquitos de um machão de 1,80m de altura dá vergonha. Está com pressa? Vai tirar carteira de moto. E não nos convide para ir na garupa.
O que só te leva para sair com a família: Conversar com aquela tia que fala demais, duas vezes, é tranqüilo. Agüentar as observações e olhares da prima baranga três vezes, dá também. Responder sem graça a avó que pergunta quando vocês vão casar e quando chega o bisnetinho, quatro vezes, rola. Conhecer os sogros rápido, então, tem mulher que sonha. Mas sogra legal é aquela que respeita o espaço, é gentil, e de vez em quando a gente esbarra com ela no corredor, sai para tomar um café, passear no shopping. Se conviver muito com a família da gente às vezes já é chato, imagina com a dos outros.
Enfim…Essa lista poderia ser infinita, mas é melhor que você descubra sozinha.
Texto de minha autoria, originalmente publicado no site Verdade Feminina.
PS: Gente linda, nos próximos dias o blog não vai ser constantemente atualizado como de costume. Vem aí um projeto novo que tem me deixado muito feliz, ansiosa e com olheiras até as orelhas de não conseguir dormir. E o melhor: está sendo feito para vocês. Enquanto por aqui as coisas ficam um pouco paradas, vamos conversando lá no Twitter: @mabrafman.
PS2: Tenho recebido muitos e-mails referentes as dúvidas que respondo nas colunas D.R. e Cabecinha no ombro. Infelizmente, não consigo responder todos, além dos que escolho semanalmente para ambas. Pensando nisso, reativei meu Formspring, e duas vezes por semana respondo as dúvidas (resumidas, pelamor!) do pessoal por lá. Beleza? Corre lá e desabafa pra Má.
PS3: Obrigada pelo carinho, pelos comentários e pedradas no meu óculos de grau. Estamos aí para isso. Lembrando que eu sofria bullying quando era pequena. Não me mimem demais que eu fico chata.
PS4: Agora é sério: obrigada de coração. As coisas estão acontecendo. Finalmente.
PS5: Beijo, mãe!
O que adia o encontro porque está cansado do trabalho: O cara mora a três bairros do seu, o encontro está marcado há três dias e quando você já está passando o batom, ele liga para desmarcar e adiar para outro dia (ou simplesmente envia um whatsapp “chinfrim”)? Então deixa eu contar um pouco como anda o universo feminino. Nós também temos três reuniões por dia, conversamos com cinqüenta clientes pelo telefone, e ainda assim, arrumamos vinte minutos para ir ao salão e fazer as unhas com o laptop no colo respondendo e-mails. Neste mesmo dia que temos um trilhão de coisas para fazer e um encontro marcado, ficamos ansiosas e nos entupimos de café e levamos esporro do chefe porque geralmente ficamos com a cabeça na lua e enviamos o e-mail do cliente para o endereço errado. Não comemos a tarde inteira só para caber bonita no vestido e nos depilamos igual um cometa Halley no banho para outras coisas ficarem bonitas também. Receber uma SMS, um whatsapp ou uma ligação às 19h é um desaforo a doze horas de preparação física e psicológica.
O que tem namorada/esposa/rolo/rabo preso: Esse é fácil de explicar. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço. E já basta uma mulher sofrendo, né? Pra quê duas?
O que te chama para jantar e ao invés disso te leva para a balada: Um encontro com um cara super interessante, charmoso, cheiroso e gentil á primeira vista, merece uma roupa nova. Uma roupa nova merece uns quilinhos a menos. Uns quilinhos a menos, merecem 24 horas comendo igual um passarinho (sim, somos loucas e às vezes e acreditamos na dieta á jato). E tudo isso merece um jantar que valha a pena não ter comido o dia inteiro + uma companhia super agradável que valha a pena acreditar que o amor ainda existe depois de tanto tempo quebrando a cara com homem zé ruela. Se o cara disse jantar e te levou para a balada de estômago vazio e você bebeu um copo de qualquer coisa com vodka só para socializar, o problema é dele. Quem vai ter que segurar a sua cabeça no final da noite enquanto você beija a privada é ele. Boa sorte (para ele).
O que não larga o telefone a noite toda: É muito bacana o fato dele ter um smartphone e vocês brincarem de Instagram tirando foto do sushi, fazer check- ins nos lugares bacanas que conhecerem e matar meio mundo de inveja do tanto que a vida de vocês é tecnológica e sintonizada. Mas tudo tem limite. Olho no olho é regra três. Telefone educado é aquele que fica ali, na mesa, ao ladinho da carteira. Celular que toca igual telefone de p*** é deselegante. E que não sai da mão também. A não ser que ele seja o Ashton Kutcher em época de estreia de filme. Aí nem eu me importo. E ainda ligo para o cara no dia seguinte.
O que briga no trânsito (ou o cara que dirige como se estivesse jogando Daytona): Não precisa ser mole igual tartaruga, não precisa correr demais igual papa-léguas. Homens não fazem idéia da quantidade de pontos que ganham com a gente ao sorrir, fazer um joinha com as mãos e deixar aquela velhinha de bengala passar. Brigar no trânsito além de ser perigoso, é desagradável. Ouvir palavrões, chiliques e faniquitos de um machão de 1,80m de altura dá vergonha. Está com pressa? Vai tirar carteira de moto. E não nos convide para ir na garupa.
O que só te leva para sair com a família: Conversar com aquela tia que fala demais, duas vezes, é tranqüilo. Agüentar as observações e olhares da prima baranga três vezes, dá também. Responder sem graça a avó que pergunta quando vocês vão casar e quando chega o bisnetinho, quatro vezes, rola. Conhecer os sogros rápido, então, tem mulher que sonha. Mas sogra legal é aquela que respeita o espaço, é gentil, e de vez em quando a gente esbarra com ela no corredor, sai para tomar um café, passear no shopping. Se conviver muito com a família da gente às vezes já é chato, imagina com a dos outros.
Enfim…Essa lista poderia ser infinita, mas é melhor que você descubra sozinha.
Texto de minha autoria, originalmente publicado no site Verdade Feminina.
PS: Gente linda, nos próximos dias o blog não vai ser constantemente atualizado como de costume. Vem aí um projeto novo que tem me deixado muito feliz, ansiosa e com olheiras até as orelhas de não conseguir dormir. E o melhor: está sendo feito para vocês. Enquanto por aqui as coisas ficam um pouco paradas, vamos conversando lá no Twitter: @mabrafman.
PS2: Tenho recebido muitos e-mails referentes as dúvidas que respondo nas colunas D.R. e Cabecinha no ombro. Infelizmente, não consigo responder todos, além dos que escolho semanalmente para ambas. Pensando nisso, reativei meu Formspring, e duas vezes por semana respondo as dúvidas (resumidas, pelamor!) do pessoal por lá. Beleza? Corre lá e desabafa pra Má.
PS3: Obrigada pelo carinho, pelos comentários e pedradas no meu óculos de grau. Estamos aí para isso. Lembrando que eu sofria bullying quando era pequena. Não me mimem demais que eu fico chata.
PS4: Agora é sério: obrigada de coração. As coisas estão acontecendo. Finalmente.
PS5: Beijo, mãe!
sexta-feira, 16 de março de 2012
Da série: diálogos com a minha mãe
(No chat do Facebook)
- Oi, mãe
- Oiiiiiiiiiiiii
- Mãe, não precisa por esse tanto de I. Tá tudo bem aí?
- Tudo bom e vc
- Também, hoje o dia foi uma correria. Você fez o quê?
- Fui depilar, fui fazer a mão, fui na ginásica..........
- Que vida difícil!
- É.....................
- Mamis, preciso fazer uma breve descrição sobre mim para um site. De duas frases, coisa rápida. Me ajuda! O que eu escrevo?
- Inventadora de moda, jornalista e linda da mãe.... Tá bom né
- Mais ou menos. Fala mais.
- Questionadora da vida, indagadora, interauta, doida por chocolate, filha amada, idolatrada, salve salve, bisbilhoteira da vida alheia, contadora de casos e acasos e linda da mãe......
- Hahahahahaha, mãe, eu ri muito, todo mundo olhou.
- Eu também, estou bem humorada hoje...... Mas vc sabe que nem tudo que disse é verdade, certo
- Sei. Mãe, quando você pergunta algo, você precisa por a interrogação!
- Eu não sei onde fica e nem quero saber
- Mas assim os outros não te entendem!
- E dai...... Coloca ai: reclamona, sabichona, já leu o dicionário, linda da mãe.....
- Colocarei, mãe. Preciso ir, te ligo.
- Bjusssssssssssssssssss
(Amo demais...........)
terça-feira, 13 de março de 2012
Top 5: motivos para não participar de amigo oculto, amigo secreto, amigo invisível ou amigo X
1- Já é muito difícil presentear alguém que conhecemos muito, como nossos pais e avós. Presentear um amigo também é um pouco complicado. Em amigos ocultos, isso chega a ser quase impossível. Se for da firma, por exemplo, a chance de tirar a Cristina do RH que você nunca ouviu falar é enorme. Se for da faculdade, a de tirar aquele cara de dreadlock que vai à aula uma vez por mês, também. E o que você vai dar? Meias?
2 - Para piorar essa situação catastrófica de tirar um semi-conhecido, ainda te colocam um limite de 30 reais para presentear um semi-conhecido. É como já soubéssemos que brincar de amigo oculto é praticamente brincar de presentear uma pessoa que não conhecemos com um valor impossível de dar algo muito legal. Então vai um presentinho de trinta conto que está bom, né? E viva o porta-retrato.
3 - A última data que participei de amigos ocultos foi o Natal - e olha que eu nem comemoro, pois sou judia. Em amigos ocultos, ficamos meio sem jeito de dizer não e só aceitamos entrar para não pegar fama de mala. Faculdade, família de parte de pai, família de parte de mãe, agência... Acabei participando de quatro. Eu percebi que precisava aprender a dizer não quando quase me confundi e dei as calcinhas sensuais da colega de firma para o meu tio avô.
4 - Amigo oculto de páscoa engorda. Se você está de regime, você está ferrado. É humanamente impossível ganhar um Ferrero Rocher e não comer.
5 - E na hora de dizer algumas características da Cristina do RH para todo mundo matar a charada de quem é seu amigo oculto, como faz?
2 - Para piorar essa situação catastrófica de tirar um semi-conhecido, ainda te colocam um limite de 30 reais para presentear um semi-conhecido. É como já soubéssemos que brincar de amigo oculto é praticamente brincar de presentear uma pessoa que não conhecemos com um valor impossível de dar algo muito legal. Então vai um presentinho de trinta conto que está bom, né? E viva o porta-retrato.
3 - A última data que participei de amigos ocultos foi o Natal - e olha que eu nem comemoro, pois sou judia. Em amigos ocultos, ficamos meio sem jeito de dizer não e só aceitamos entrar para não pegar fama de mala. Faculdade, família de parte de pai, família de parte de mãe, agência... Acabei participando de quatro. Eu percebi que precisava aprender a dizer não quando quase me confundi e dei as calcinhas sensuais da colega de firma para o meu tio avô.
4 - Amigo oculto de páscoa engorda. Se você está de regime, você está ferrado. É humanamente impossível ganhar um Ferrero Rocher e não comer.
5 - E na hora de dizer algumas características da Cristina do RH para todo mundo matar a charada de quem é seu amigo oculto, como faz?
Coitadinha
Ela é daquelas que senta no sofá de espera do salão sem se olhar no espelho. As unhas são impecáveis, o cabelo meio enroladinho, a voz baixinha e suave. Aquela que você olha com expressão de nada e pensa: coitadinha.
Coitadinha tem namorado bom, pai presente, mãe amiga. Coitadinha visita a avó no feriado, faz bolo de laranja com calda de chocolate e só mostra decote quando coloca biquini. Aquela que senta invisível do lado do amigo do seu namorado. Você a encontra por acaso no banheiro – ela não precisa de amiga para ir ao banheiro junto – e pede sem graça um absorvente emprestado. Coitadinha é boazinha. Te faz sentir pena de tamanha ingenuidade. Te faz ficar desconfiada e logo se culpar. Desconfiar da coitadinha é crime. Ela é o tipo de mulher que não mata nem formiga.
Namora tranqüilo, ganha aliança de compromisso, bebe três litros de água por dia, escuta Chico, Marisa Monte e só usa vestido. Suas roupas estão sempre bem passadas, seus dias brilham igual o sol. Outro dia Coitadinha tropeçou e eu quis rir. Mas logo me culpei. Rir da cara de alguém tão boazinha, tão inha de tudo, que não mata nem pernilongo, é crime.
Coitadinha noivou com o bonito, rico, cheiroso e bom moço que é amigo de um amigo meu.
Recebi o convite de casamento com o nome da Coitadinha em letras douradas e inhas, do jeito que tinha que ser.
Coitadinha é aquela que me vê solteira, meio perdida amando o mundo, vivendo intensamente, e pensa baixinho de mim: coitadinha!
Coitadinha tem namorado bom, pai presente, mãe amiga. Coitadinha visita a avó no feriado, faz bolo de laranja com calda de chocolate e só mostra decote quando coloca biquini. Aquela que senta invisível do lado do amigo do seu namorado. Você a encontra por acaso no banheiro – ela não precisa de amiga para ir ao banheiro junto – e pede sem graça um absorvente emprestado. Coitadinha é boazinha. Te faz sentir pena de tamanha ingenuidade. Te faz ficar desconfiada e logo se culpar. Desconfiar da coitadinha é crime. Ela é o tipo de mulher que não mata nem formiga.
Namora tranqüilo, ganha aliança de compromisso, bebe três litros de água por dia, escuta Chico, Marisa Monte e só usa vestido. Suas roupas estão sempre bem passadas, seus dias brilham igual o sol. Outro dia Coitadinha tropeçou e eu quis rir. Mas logo me culpei. Rir da cara de alguém tão boazinha, tão inha de tudo, que não mata nem pernilongo, é crime.
Coitadinha noivou com o bonito, rico, cheiroso e bom moço que é amigo de um amigo meu.
Recebi o convite de casamento com o nome da Coitadinha em letras douradas e inhas, do jeito que tinha que ser.
Coitadinha é aquela que me vê solteira, meio perdida amando o mundo, vivendo intensamente, e pensa baixinho de mim: coitadinha!
quinta-feira, 8 de março de 2012
Para aquela
Para aquela mulher que acorda com a cara amassada, com a olheira nas costas e três reuniões na parte da manhã.
Para aquela mulher que faz passos de Michael Jackson quando recebe uma SMS, uma ligação no dia seguinte, um convite para jantar numa sexta à noite. E que para que tudo saia perfeito, fica o dia inteiro com um tomate no estômago.
Para aquela mulher que é inimiga das barras de chocolate, melhor amiga do Ponstan e faz de toda segunda-feira uma nova dieta.
Para aquela mulher que odeia o Paulinho, ama o Serginho e nunca mais olha na cara do Bruninho.
Para aquela mulher que faz as unhas no horário do almoço, reclama do chefe depois de uns drinks e é querida no escritório até pela moça do cafézinho.
Para aquela mulher que sofre para usar uma calcinha fio dental, acha que nunca vai usar um espartilho e é secretamente feliz usando uma calcinha bege.
Para aquela mulher que fuça o Facebook dele, odeia aquela vaca no Facebook dele e sorri de cantinho só de olhar que o relacionamento sério do perfil dele, é ela.
Para aquela mulher que só namora cafajeste, sofre de tanta ansiedade e faz da vida uma novela mexicana. Mas que diverte as amigas contando seus casos divertidos na mesa do bar.
Para aquela mulher que lida com gente importante, política e economia internacional. E, que no tempo que sobra, compra um blush na MAC para desestressar.
Para aquela mulher que não pode porque está naqueles dias, pode porque está naqueles dias e um dia já bateu palmas quando desceu a menstruação.
Para aquela mulher que joga a culpa nos hormônios, tem licença de maluquice uma vez por mês e fica brava quando escuta abobrinha no trânsito.
Para todas elas, todas nós... Feliz dia!
E também para aquele que sabe amar, cuidar, abraçar e valorizar essa complexidade muito simples, que fica feliz só de tê-lo ao seu lado. Todos os dias.
Para aquela mulher que faz passos de Michael Jackson quando recebe uma SMS, uma ligação no dia seguinte, um convite para jantar numa sexta à noite. E que para que tudo saia perfeito, fica o dia inteiro com um tomate no estômago.
Para aquela mulher que é inimiga das barras de chocolate, melhor amiga do Ponstan e faz de toda segunda-feira uma nova dieta.
Para aquela mulher que odeia o Paulinho, ama o Serginho e nunca mais olha na cara do Bruninho.
Para aquela mulher que faz as unhas no horário do almoço, reclama do chefe depois de uns drinks e é querida no escritório até pela moça do cafézinho.
Para aquela mulher que sofre para usar uma calcinha fio dental, acha que nunca vai usar um espartilho e é secretamente feliz usando uma calcinha bege.
Para aquela mulher que fuça o Facebook dele, odeia aquela vaca no Facebook dele e sorri de cantinho só de olhar que o relacionamento sério do perfil dele, é ela.
Para aquela mulher que só namora cafajeste, sofre de tanta ansiedade e faz da vida uma novela mexicana. Mas que diverte as amigas contando seus casos divertidos na mesa do bar.
Para aquela mulher que lida com gente importante, política e economia internacional. E, que no tempo que sobra, compra um blush na MAC para desestressar.
Para aquela mulher que não pode porque está naqueles dias, pode porque está naqueles dias e um dia já bateu palmas quando desceu a menstruação.
Para aquela mulher que joga a culpa nos hormônios, tem licença de maluquice uma vez por mês e fica brava quando escuta abobrinha no trânsito.
Para todas elas, todas nós... Feliz dia!
E também para aquele que sabe amar, cuidar, abraçar e valorizar essa complexidade muito simples, que fica feliz só de tê-lo ao seu lado. Todos os dias.
terça-feira, 6 de março de 2012
Fuck Friend (por Mr. Perfect*)
FF pra mim não significa Follow Friday, mas sim Fuck Friend. Tem gente que chama de PF, PA... mas pra mim é FF. Pra que servem, de que se alimentam, aonde vivem? Tudo isso e muito mais no Globo Rep... nah, aqui mesmo. Quero só deixar claro que este texto é para as mulheres. O maior texto que já escrevi para um homem foi semana passada, 189 caracteres em duas SMS, dizendo que ele era um grande amigo. Estava bêbado.
Mulher normalmente tem mais dificuldade pra entender o conceito da coisa, visto que é relativamente mais fácil para elas conseguirem sexo casual do que para nós homens. Mas o lance do FF não é sexo casual, é intimidade num sexo eventual. Até para nós homens a intimidade faz diferença na hora do sexo. Sério.
O cara que vai pra cama pela primeira vez com uma mulher desconhecida quer mostrar toda a sua performance. Que coisa chata. Ter que provar algo pra alguém é coisa de trabalho e não de sexo. A não ser você seja ator(atriz) pornô. Se não for, deve entender uma coisa: sexo é dividir uma experiência. E quem melhor pra dividir uma experiência do que uma pessoa que você curte?
Vai passar 10 dias na Europa... quem você chama? Um cara que conheceu há 10 minutos no shopping, ou um amigo que vai ter paciência de te esperar 3 horas numa loja de sapatos? Pensa por aí... o seu amigo vai ser atencioso. Vai conversar com você no dia seguinte. Vai te ouvir na hora e querer fazer gostoso, ao invés de querer ser o gostoso. Não vai sair contando pros outros, afinal você é amiga dele.
Além disso tudo, existe um lado “for fun” nessa experiência. Vocês podem conversar, entender e aprender mais ainda sobre sexo. Pode propor algo diferente que ele ao menos vai considerar. Pede pra ela fazer uma coisa que você sempre teve curiosidade, que ela até pode tentar. Ele não vai ficar chateado se você disser que prefere sexo oral de outro jeito e você não vai ficar chateada se ele pedir pra ficar de meia por conta do frio. Aliás, minto. Até eu fico puto com essa.
* Mr. Perfect não sou e nem meu alterego masculino. É um cara bacana e que sabe das coisas, que vez ou outra vai dar as caras por aqui
Mulher normalmente tem mais dificuldade pra entender o conceito da coisa, visto que é relativamente mais fácil para elas conseguirem sexo casual do que para nós homens. Mas o lance do FF não é sexo casual, é intimidade num sexo eventual. Até para nós homens a intimidade faz diferença na hora do sexo. Sério.
O cara que vai pra cama pela primeira vez com uma mulher desconhecida quer mostrar toda a sua performance. Que coisa chata. Ter que provar algo pra alguém é coisa de trabalho e não de sexo. A não ser você seja ator(atriz) pornô. Se não for, deve entender uma coisa: sexo é dividir uma experiência. E quem melhor pra dividir uma experiência do que uma pessoa que você curte?
Vai passar 10 dias na Europa... quem você chama? Um cara que conheceu há 10 minutos no shopping, ou um amigo que vai ter paciência de te esperar 3 horas numa loja de sapatos? Pensa por aí... o seu amigo vai ser atencioso. Vai conversar com você no dia seguinte. Vai te ouvir na hora e querer fazer gostoso, ao invés de querer ser o gostoso. Não vai sair contando pros outros, afinal você é amiga dele.
Além disso tudo, existe um lado “for fun” nessa experiência. Vocês podem conversar, entender e aprender mais ainda sobre sexo. Pode propor algo diferente que ele ao menos vai considerar. Pede pra ela fazer uma coisa que você sempre teve curiosidade, que ela até pode tentar. Ele não vai ficar chateado se você disser que prefere sexo oral de outro jeito e você não vai ficar chateada se ele pedir pra ficar de meia por conta do frio. Aliás, minto. Até eu fico puto com essa.
* Mr. Perfect não sou e nem meu alterego masculino. É um cara bacana e que sabe das coisas, que vez ou outra vai dar as caras por aqui
segunda-feira, 5 de março de 2012
Da série: diálogos com a minha mãe
- Mãe do céu, tô te ligando há dois dias, ninguém atende na sua casa, no seu celular. Assim você me deixa preocupada.
- Ih, Marcella, que desespero é esse? Eu tava no clube, tomando uma caipi com a turma.
- Isso hoje. Mas e ontem?
- Ontem eu fui no show do cover dos Beatles, só sonzão.
- Com quem?
- Com as meninas.
- Meninas, mãe??
- É! Minha turma de amigas, ué.
- Hum. E agora você tá indo onde, mami?
- Tô indo pra casa da Soraia, vamos fazer uma festinha.
- Hum. E no mais, novidades?
- Acredita que um coroa disse lá no clube que eu pareço ter no máximo, estourando, uns 35 anos???
(Acredito, mãe.)
((E ele diria que eu tenho 60))
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